Aveleda Futebol Clube : site oficial do clube de futebol de Aveleda, Vila do Conde - footeo

14 de fevereiro de 2018 à 19:43

Entrevista a Daniel Gonçalves: Médio Aveleda FC

1.Já são muitos os anos em que se encontra ligado ao futebol. Desde a formação até à transição para o escalão de sénior, como foi esse percurso?

Em primeiro lugar quero saudar todos os adeptos e simpatizantes do Aveleda FC, assim como toda a direção. Sinceramente, foi um percurso muito bom e que me deixa com um sorriso na cara, onde sempre dei tudo por onde passei! Fui formando no UD Lavrense, no qual tive a felicidade de ter uma subida de divisão nos júniores. Essa subida ficará sempre gravada na nossa memória porque foi a primeira vez que o clube conseguiu ter uma subida de divisão na formação. Depois, veio a fase de sénior… E não fugindo à regra do futebol, essa é uma fase importante na vida de qualquer jogador. Tive o prazer de ficar no plantel sénior do UD Lavrense, mas como ia ter poucos minutos de jogo recebi um convite para ir jogar para o Labruge. Convite esse que ainda hoje digo que foi dos melhores que recebi no futebol, porque era o meu primeiro ano de sénior e eu precisava de jogar para conseguir ter o meu espaço. E assim foi! Joguei a época toda e conseguimos uma subida de divisão importante para nós e para o clube, que na época anterior tinha descido de divisão. Depois tive uma passagem pelo Guilhabreu, na qual não conseguimos a subida de divisão por pouco. Depois disto voltei a casa, ao Lavrense, onde já era mais experiente. E ainda bem que voltei, porque no ano seguinte conseguimos uma subida de divisão à Divisão de Honra da Associação de Futebol do Porto. Depois de 4 anos no UD Lavrense, veio o Castêlo da Maia, um clube histórico e com grandes condições de trabalho, onde sem dúvida tive um grande prazer em representar a nível distrital.

2.Abordando também uma outra modalidade na qual está inserido, o futebol de praia, como tem sido essa experiência e que diferenças existem para o futebol de 11?

No futebol de praia já tive o prazer de jogar pelo Leixões e agora represento o Salgueiros. É um desporto espetacular! As diferenças são muitas em relação ao futebol de 11. O campo é mais pequeno, não tem um número tão grande de jogadores, o terreno é inserto e claro é muito mais desgastante. Mas como eu costumo dizer, é algo de único! Porque juntas o teu gosto pela praia ao de fazer aquilo que mais gostas, que é de jogar à bola. Mas falo por mim que basicamente cresci na praia e daí este gosto pelo futebol de praia!

3.Tendo em conta a sua experiência ao nível do futebol distrital, como foi a adaptação a este campeonato e como classifica a sua época de estreia, na altura no Desportivo de Vilar?

A minha época de estreia foi positiva, perante aquilo que tínhamos e perante aquilo que nos aconteceu ao longo dessa época. De salientar que a minha primeira experiência completa neste campeonato se deveu a amigos, que me massacraram a cabeça para ir jogar. Na altura o meu pensamento era deixar o futebol, porque tinha tido uma lesão no joelho e estava seriamente a pensar deixar, mas o bichinho falou mais alto! Quanto à minha adaptação a este campeonato não foi fácil… Em primeiro lugar porque estava habituado a treinar 3 vezes por semana e comecei a treinar só 2 vezes. Depois não estava habituado a ter apenas 15 ou 16 jogadores para treinar, porque na distrital tinha sempre o plantel todo! E claro que os níveis de treino eram mais desgastantes, com mais ritmo do que aqui no concelhio. A nível do campeonato o que me meteu mais confusão no início era o facto de não ter polícia no campo e o facto de muitas equipas chegarem a faltar apenas 45 minutos ou meia hora para começar. Mas depois fui-me habituando e sinceramente já nem dou interesse a isso.

4.Abordando ainda essa época, numa partida disputada entre Desportivo Vilar-Aveleda FC, o Daniel fazia parte do plantel que impôs uma pesada derrota ao Aveleda FC. Como foi lidar com esse facto à chegada ao Aveleda FC no ano seguinte? O que o motivou a vir para este clube?

Sim é verdade, fazia parte desse plantel que impôs essa derrota pesada ao Aveleda FC. Em relação a esse jogo não há muito a dizer (risos)! Foi um jogo bem disputado em que as coisas saíram como a gente queria. Aquilo que tínhamos trabalhado saiu tudo na perfeição! Mas também admito que houve algum azar para a equipa do Aveleda FC. Em relação a vir para o Aveleda FC foi algo normal, porque no mundo do futebol é mesmo assim. Hoje estás aqui amanhã noutro lado… E a minha vinda para o Aveleda FC deveu-se ao facto de algumas pessoas com quem tenho uma grande amizade terem falado comigo. Também admito que o facto de o Aveleda FC ter conseguido dois títulos ajudou, porque queria estar num clube que luta por títulos. E isso aconteceu realmente! Lutámos pelo título até ao fim e só não o conseguimos por fatores que não vale a pena falar agora. Em relação à receção pelo plantel depois desse jogo foi algo normal! Houveram umas piadas aqui, outras ali, mas tudo na brincadeira. Aliás, admito que a receção do plantel perante mim foi algo muito bom e fizeram-me sentir como se já jogasse no Aveleda FC há anos! E quando assim é só temos de agradecer a todos, desde a presidente ao treinador, porque todos foram incríveis e continuam a ser!

5.Já agora, como foi a sua adaptação a uma nova posição (a de médio centro), sendo que toda a sua carreira tinha jogado a defesa direito?

Admito que no início foi algo estranho, ao nível de jogo e ao nível pessoal, porque estava habituado a jogar sempre na linha e de um momento para o outro passei a jogar no meio. Tens de estar sempre ativo, sempre atento a todos os lances e o ritmo é sempre elevado! Mas com os treinos e com os jogos as coisas foram resultando e quando assim é tudo se torna mais fácil.

6.É sabido que tem vários amigos noutros clubes e inclusivamente familiares. Como é jogar contra eles e como gere essas situações?

Sim é verdade, tenho vários amigos noutros clubes e inclusive tenho um primo também. São jogos sempre engraçados em tudo. Antes do jogo temos sempre aquelas brincadeiras, que vamos fazer isto ou aquilo e depois no fim do jogo pegamos uns com os outros por este lance ou aquele. Quanto às emoções no jogo, sinceramente é dos jogos em que mais calmo estou, apesar de que a adrenalina está em alta e a motivação está ao rubro, porque ninguém quer perder! E sinceramente durante os 90 minutos, ou melhor, desde que o árbitro apita para o início até apitar para o fim, não tenho amigos lá dentro. Tenho sim os meus amigos de equipa que estão comigo na batalha! Do outro lado está uma equipa como as outras e o que interessa é conseguir os três pontos para o Aveleda FC, seja ela a equipa dos meus amigos ou aquela onde não conheço ninguém.

7.Uma das ambições de qualquer jogador do Campeonato de Vila do Conde será ter a possibilidade de representar a seleção do concelho. O ano passado, apesar de ser um dos melhores médios do campeonato, não conseguiu a chamada. O que pensa em relação a isso?

Eu acho que qualquer jogador que joga neste campeonato tem esse objetivo - representar a seleção. Mas todos sabemos que não pode ir toda a gente e que o trabalho do selecionador não é fácil, daí eu não dar muita importância a isso. Se um dia conseguir lá chegar fico contente claro e irei dar tudo, como sempre dou em todas as instituições que represento. Mas quanto ao resto passa-me ao lado! Eu preocupo-me em trabalhar ao máximo para estar bem e para ajudar o Aveleda FC, pois esse é o meu principal objetivo. Quanto ao resto já não depende de mim e sinceramente não me tira o sono.

8.Partindo para a análise da época atual como se tem sentido a nível pessoal e a nível coletivo? Como avalia o atual momento da equipa no campeonato?

Esta época não começou da maneira que todos queríamos. Foi uma época que começou um bocado atribulada e com resultados que não esperávamos… Mas no futebol, como na vida, a gente vai aprendendo com os erros e o plantel aprendeu com isso. Estou convicto que todos nós iremos fazer uma segunda volta bem diferente da primeira. A nível pessoal a época para mim está a ser normal, apesar de achar que houve jogos que tive abaixo daquilo que é o meu rendimento normal. Mas o futebol é assim mesmo e nem sempre estamos ao nível que queremos. Mas aos poucos e poucos, e com trabalho vai melhorando. E sinto-me bem! Acima de tudo com muita vontade de atingir todos os objetivos! 

9.Por fim, que antevisão faz em relação ao próximo jogo que será com o Bagunte? Como recorda o jogo da primeira volta?

Será um jogo difícil, como foi lá e como são todos os jogos deste campeonato. O Bagunte é uma boa equipa e com excelentes jogadores. Na primeira volta conseguiu os 3 pontos, mas foi um jogo dividido! Mas nós jogamos em casa perante o nosso público, onde queremos ganhar para não perder o nosso trilho e para continuarmos na luta!

Comentários

    P J V E D GM GS DG
1 Veteranos de Vila Chã 9 3 3 0 0 12 2 +10
2 Touguinha 9 3 3 0 0 13 4 +9
3 CCD Macieira 9 3 3 0 0 6 0 +6
4 Guilhabreu 7 3 2 1 0 8 6 +2
5 Bagunte 6 3 2 0 1 5 4 +1
6 CDCR Gião 6 3 2 0 1 5 4 +1
7 GD Árvore 5 3 1 2 0 8 3 +5
8 Tougues 4 3 1 1 1 3 4 -1
9 Fornelo 4 3 1 1 1 9 9 0
10 Retorta 4 3 1 1 1 10 4 +6
11 Fajozes 2 3 0 2 1 3 4 -1
12 Aveleda FC 2 3 0 2 1 4 6 -2
13 GDC Rio Mau 1 3 0 1 2 2 5 -3
14 Labruge 1 3 0 1 2 2 8 -6
15 ACD Arcos 1 2 0 1 1 1 3 -2
16 Desp. Vilar 1 3 0 1 2 2 11 -9
17 Vairão 0 2 0 0 2 2 4 -2
18 FC Malta 0 3 0 0 3 1 15 -14